Cabeceira do viaduto que liga a Avenida Amaral Peixoto (Centro) ao Aterrado está ganhando palco para apresentações artísticas e outras ações
A Prefeitura de Volta Redonda está revitalizando a cabeceira do Viaduto Nossa Senhora das Graças, que liga a Avenida Amaral Peixoto, no Centro, ao bairro Aterrado. Com fiscalização da secretaria de Infraestrutura (SMI), a obra faz parte do projeto de criação de um corredor cultural urbano, idealizado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC).
“Foi feito o projeto pelo arquiteto Igor Azevedo, do IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano), e vamos fazer a administração do espaço para a realização de atividades que envolvam teatro, música, dança, artesanato, roda de rima, feiras de economia criativa”, explicou o secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza.
A obra se encontra em fase de escavação do concreto para instalação de piso em porcelanato. Ainda serão feitos outros serviços como revestimento, impermeabilização e cobertura metálica. O projeto contempla ainda a criação de banheiro com acessibilidade e depósito.
“O projeto do IPPU transforma uma construção antiga da década de 90 num palco, que terá uma cobertura acústica e embaixo dele haverá os camarins. E a gente vai operacionalizar isso dando oportunidade para a realização de happy hours com músicas nesse local, assim como feiras de artesanato, oferecendo atrações gratuitas para a população e fomentando os artistas, para que eles tenham mais um espaço para poderem se apresentar”, acrescentou o secretário de Cultura.
Corredor Cultural Urbano
A revitalização do espaço na cabeceira do viaduto faz parte do Programa Cultural Urbano, da SMC, que visa a criação de um corredor cultural urbano naquela região. De acordo com a secretaria de Cultura, com a proposta de fazer ocupação dos espaços públicos através da arte e da cultura, em 2021 começou a transformação da passarela do viaduto em uma galeria de arte a céu aberto.
No interior está a galeria de arte urbana ‘Erastotenes Roberto Alves de Sousa’, com a mostra fotográfica “Nossa História Passa Por Aqui”, que tem curadoria da arquiteta e artista plástica Juliene de Paula, e retrata, por meio de 47 painéis fixos, parte da história de Volta Redonda ao longo dos seus 67 anos de emancipação.
A arte na cobertura da passarela, que tem a proposta de ativações periódicas de grafite, já foi iniciada com o trabalho do artista Roberto Tommy, que teve a sua proposta selecionada através do Chamamento Público e, junto de outros artistas, expôs obras mesclando cores para retratar a natureza e o voo do pássaro Arigó, uma ave de migração também símbolo da cidade.
“Inclusive estamos com novo edital aberto até esta quarta-feira (6) para contratação de artista especializado em graffiti – arte urbana, para expor sua arte na cobertura ao longo da passarela”, lembrou Anderson de Souza.
Complementando o Corredor Cultural Urbano está o prédio pintado como homenagem aos metalúrgicos; e na área da Praça da Chaminé, o paredão pintado em homenagem aos índios puris, que foram os primeiros habitantes da cidade, e a futura praça de skate.