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Acusado de crime brutal de feminicídio em Valença no Sul Fluminense  é  condenado a mais de 16 anos de prisão

A violência é amplamente difundida e se manifesta de múltiplas formas em todas as esferas da vida no Brasil. É desolador saber que a violência permanece de forma sistêmica no Brasil. De toda a América Latina e do Caribe, o Brasil ocupa a terceira colocação com o maior número absoluto de feminicídios. Entre os países com maiores taxas de feminicídio se encontram Honduras (7,2 casos por 100.000 mulheres), República Dominicana (2,4) e Brasil (1,4).  

Embora seja um tema alarmante, até recentemente esta causa recebia pouca atenção, tanto em nível global quanto no Brasil. Os dados sobre o assunto são limitados e a sua coleta constitui um desafio. Os estudos que a ONU Mulheres fez em alguns países, no entanto, revelaram que tal violência é generalizada e sistemática. Apesar disso, quase metade das vítimas (47,4%) decidiu não denunciar o caso nem procurar ajuda de instituições ou de pessoas próximas. 

E entre essas estimativas alarmantes e tristes do crescimento do mapa do feminicídio no Brasil, um caso chamou muita atenção  da sociedade do Sul Fluminense do Rio de Janeiro, onde um crime brutal de feminicídio  em 2022 teve um desfecho somente agora em 2025 com a condenação do acusado de ter matado a própria esposa com Resquício de crueldade.

O julgamento aconteceu na manhã da última quarta-feira, dia 30, no Salão do Júri da cidade de Valença no Sul do estado do Rio de Janeiro, o assassinato aconteceu no bairro Cambota na madrugada de 20 de agosto de 2022. Makaiver Pereira Avelino foi sentenciado a 16 anos e 9 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato de sua companheira, Maria Nazaré Mathias, de 64 anos

No Salão do Juri, contou com a presença de familiares da vítima. A promotora Dra. Elisa foi destacada pela atuação firme e empática ao longo do processo, sendo elogiada pela família por sua dedicação à causa. O crime que abalou a cidade foi marcado por extrema crueldade.  Maria Nazaré, conhecida como “Didi”, foi esfaqueada no pescoço dentro de sua própria casa, tendo sido encontrada morta pelo filho, ao retornar do trabalho por volta das 2h da madrugada.

Policiais Militares do 10º BPM, agiram com rapidez, apenas 10 minutos após a constatação do crime, o acusado foi localizado em sua residência, onde confessou o crime ao ser questionado. Ele foi preso em flagrante e conduzido à 91ª Delegacia de Polícia, permanecendo custodiado desde então. O laudo pericial apontou múltiplas lesões, incluindo afundamento da caixa torácica e fraturas nos arcos costais. Um áudio, entregue à Polícia Civil, revelou que a vítima foi forçada pelo agressor a gravar uma mensagem de despedida para o filho, horas antes de ser morta.

O caso reafirma a importância do combate à violência contra a mulher e da atuação rápida e eficaz das forças de segurança e do Ministério Público para que crimes assim não fiquem impunes.

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